Cartel
Por que fazer cartel?
A ideia de cartel vem de longa data, fruto de um amadurecimento dos tempos de Lacan na Sociedade Psicanalítica da França.
Fez-se necessário um dispositivo inédito de organização que fosse contrária à psicologia de grupo de um saber totalizador, que comportasse em si a lógica.
A noção de cartel engendra o estudo e suas elaborações em torno da teoria e da prática da psicanálise. Um dispositivo de ensino que não é sem a análise de sujeite, que “restaura a lâmina cortante” em corte e costura, incluindo a destituição de um saber, para que cada ume possa trazer à luz suas elaborações em torno do texto psicanalítico, a partir do desejo e da relação com a causa analítica.
O cartel visa esvaziar as identificações, seja com ê +1 ou com ês colegas.
Secretaria de Cartel do IIP
- Marina Godoy | Brasil
- Andréa Coelho | Brasil
- Axelle Trinchero | França
O cartel é um espaço de pesquisa em psicanálise engendrado em uma comunidade analítica e proposto por Lacan, como um dos elementos que compõem a sua Escola e seus princípios.
Os trabalhos iniciam-se com uma provocação, um não saber que interpela e faz questão. Esta proposta a ser investigada é uma forma de referendar o comprometimento dos cartelizantes, cada um em suas elaborações.
O cartel como um dispositivo de trabalho, opera por transferência naqueles que participam, provocando os demais colegas a ocuparem o lugar de transmissão da psicanálise. É formado por 3 a 5 membros e o +1, que irão tratar elementos teóricos, clínicos, atuais e transitórios em torno de uma temática.
Coordenação
- Marina Godoy | Brasil
- Andréa Coelho | Brasil
Consultoria
- Bárbara Guatimosim | Brasil
Secretaria
- Alexandra Cavalheiro | Portugal/Brasil
Comissão de cartéis
- Carla Ferro | Brasil
- Darlaize Ribeiro | Brasil
- Hugo Valente | Brasil
- Janilton Gabriel de Souza | Brasil
- Marcelo Souza | Brasil
- Vanessa Checoli | Brasil
- Mônica Godoy | Brasil
A lógica proposta inclui, desde seu início à dissolução, um trabalho de luto, chegado o momento de concluir, de um a dois anos. Encerrado esse período, se realiza as apresentações das produções individuais.
Um trabalho feito de solidão, de questões, de buracos.
Não é que podemos dispensar o grande grupo, a instituição. O cartel para existir está nele inscrito, como uma forma de organização necessária e orientável.
No Seminário R.S.I. (lição de 15 de abril de 1975), Lacan indaga sobre o que constitui o cartel, “Um cartel, para que?”
Ele prossegue: o cartel parte de três mais uma pessoa, em princípio faz quatro, e que dei como máximo cinco, ao que faz seis.
Como no nó borromeano, há três. “O que quero dizer é que se vocês forem três, isso já faz quatro”, “…donde minha expressão mais-uma”. Retirando-se uma, o grupo se desata.
Não sem propósito, a concepção de cartel é essencialmente topológica.
Nessa ocasião, ele acrescenta que é necessário pelo menos três nós triviais para se constituir o nó borromeano, e quando enlaçados, o que se deixa ver é nada mais que buracos em turbilhão. “Se não há buraco, não vejo muito bem o que temos que fazer como analistas”.
Ê +1 seria a dobradiça que convoca ao trabalho. Sua função é esvaziar a idealização de um saber acabado.
Ê +1 é o elemento exterior, ele ex-siste. Ele está no lugar de agente da destituição do saber. Um que falta. O que se transmite é um produto não acabado, resto, sobra de trabalho do próprio desejo, fruto da elaboração de cada ume, o que dá vida ao cartel para instituir-se como tal.
Havemos de lidar com esses buracos, cada ume ao seu estilo. A transmissão é de uma falta.
Informações importantes:
O cartel pode ser composto por psicanalistas, pessoas que estejam fazendo a formação em psicanálise, analisantes e interessades nessa práxis.
O objetivo é promover leituras e discussões que colaborem no aprofundamento conceitual e clínico da psicanálise e sua relação com outros saberes, além de ser um dispositivo de apoio para a pesquisa individual em suas articulações com ês cartelizantes e a comunidade.
Você não precisa ser estudante do IIP para participar de um cartel ou propor algum tema. No IIP o cartel funciona como uma porta giratória, que coloca em jogo os interesses de pesquisa para além dessa instituição.
As inscrições para formação de cartel podem ser realizadas a qualquer momento junto ao IIP, aberto a receber novas propostas de trabalho.
A secretaria de cartéis organizará o acolhimento des interessades conforme os temas.
Será de responsabilidade des membres do cartel a organização do trabalho quanto à periodicidade, a forma (virtual e/ou presencial) e a plataforma/local dos encontros.
Ao final de um ano os cartéis poderão ser dissolvidos ou estendidos por mais um ano.
Na dissolução, um produto individual que se decantou dessa experiência deverá ser compartilhado entre ês cartelizantes e endereçado, a posteriori, para a comunidade do IIP.
O cartel pode ser composto por psicanalistas, pessoas que estejam fazendo a formação em psicanálise, analisantes e interessados nessa práxis. O objetivo é promover leituras e discussões que colaborem no aprofundamento conceitual e clínico da psicanálise e sua relação com outros saberes, além de ser um dispositivo de apoio para a pesquisa individual em suas articulações com o grupo e a comunidade. Você não precisa ser um estudante do IIP para participar de um cartel ou propor algum tema. No IIP, o cartel funciona como uma porta giratória, que coloca em jogo os interesses de pesquisa para além dessa instituição.
Informações importantes:
As inscrições para formação de cartel podem ser realizadas a qualquer momento junto ao IIP, que está aberto a receber novas propostas de trabalho.
O IIP organizará o acolhimento dos interessados conforme os temas. Será de responsabilidade dos membros dos cartéis a organização do trabalho quanto à periodicidade, a forma (virtual e/ou presencial) e a plataforma/local dos encontros.
Ao final de 1 ano, os cartéis poderão ser finalizados ou estendidos por mais 1 ano. Deverá ser feita, no encerramento, uma produção escrita individual ou de todos os membros, a ser compartilhada em um evento oportunamente organizado e divulgado pelo IIP.
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Tema: A improvisação, um ato de criação?
Língua(s): Português, francês e inglês
Integrantes:
dorothé Depeauw
Tema: As modalidades de gozo
Língua(s): Francês
Integrantes:
Axelle Trinchero
Mohamed El Baghdadi
Fadwa Saif
Tema: Identidade, memória e espaços físicos de refúgio
Língua(s): Francês, português, inglês
Integrantes:
Wilame Lima Silva Junior Vallantin
Tema: Seminário 11 de Lacan
Língua(s): Português
Integrantes:
Nelson Neves Junior
Gracielle Lara Machado
Tema: Traduzindo Freud do alemão direto para o português (textos sobre guerra)
Língua(s): Português, inglês, alemão
Integrantes:
Anneliese Gerrein
Tema: Feminino, corpo e gozo
Língua(s): Português
Integrantes:
Beatriz Madaleno
Gabriela Maia Paixão
Gracielle Lara Machado
Karen Menezes
Maria Aparecida de Oliveira
Tema: Angústia
Língua(s): Português
Integrantes:
Thalyta Thayane Silva Linhares
Tema: Psicanálise e racismo
Língua(s): Português
Integrantes:
Wesley de Faria Leonel
Ana Carolina Nunes Silva
Victor Freitas Henriques
Anneliese Lucas Gerrein
Maíra Monteiro Dias
Jacque Conceição (+1)
Tema: Psicanálise com criança
Língua(s): Português
Integrantes:
Mônica Beatriz Marques da Silva
Mafalda Moreira
Roberta Gomes
Vanessa Marques
Marina Godoy (+1)
Tema: A Letra
Língua(s): Português
Integrantes:
Erika Maria Pannain Rezende
Suzane Ramos Maritan
Cibele Regina Oliveira
Dúnia Ferreira Maia
Janilton Gabriel de Souza (+1)
Tema: Angústia
Língua(s): Português
Integrantes:
Isabela Salles Martins
Amanda Malerba
Luciano César Garcia Pinto
Marco Pantoja (+1)
Tema: Angústia
Língua(s): Português
Integrantes:
Janilton Gabriel de Souza
Júlia Roberta de Oliveira Carvalho Caetano
Patrícia da Silva Gomes
Vinicius Brasilio Canale
Yuri Pacheco Merhi Ribeiro
Mônica Godoy (+1)
Tema: Escrita lógica
Língua(s): Português
Integrantes:
Andrea Coelho
Hugo Valente
Marina Martins de Godoy Fonseca
Vanessa Checoli
Mônica Godoy (+1)